Escolhendo o tipo de fonte adequado para ler e escrever com dislexia

A dislexia é uma diferença comum de aprendizado que afeta de maneira única a forma como cada pessoa processa a linguagem escrita. Uma característica fundamental é a dificuldade em decodificar palavras, o que afeta o desenvolvimento da leitura e da ortografia. Sem o apoio adequado, a dislexia pode criar obstáculos para o sucesso acadêmico.

No entanto, os recursos certos podem ajudar os alunos disléxicos a prosperar. Com a aproximação do Mês da Conscientização sobre Dislexia, vamos explorar uma ferramenta que pode ajudar: as fontes adaptadas para dislexia. Otimizadas para facilitar a leitura, essas fontes minimizam a confusão visual. Este guia inclui as melhores seleções de fontes, características de design que melhoram a legibilidade e dicas para seu uso na sala de aula e em casa. Com as fontes ideais e o apoio necessário, os alunos disléxicos ganham confiança para liberar seu talento e criatividade.

Mês de conscientização sobre dislexia

O Mês de Conscientização sobre Dislexia, celebrado anualmente em outubro, promove a compreensão e o apoio a 1 em cada 10 pessoas com dislexia em todo o mundo. O objetivo das atividades é fomentar uma mentalidade inclusiva e baseada nos pontos fortes que permita aos alunos disléxicos prosperar. Como professores e pais atentos, podemos ajudar a remover as barreiras à alfabetização. Um aspecto chave é a escolha das fontes, pois os diferentes tipos de fonte podem afetar significativamente a legibilidade para as pessoas disléxicas.

Fontes para alunos disléxicos

Ao considerar fontes para disléxicos, é importante reconhecer que não existe uma escolha universal que se adapte a todos. As preferências em relação às fontes para disléxicos variam de pessoa para pessoa. Algumas opções notáveis são Dysfont, Dyslexie, OpenDyslexic, Lexia Readable, Read Regular, Tiresias, Sassoon, entre outras.

Vale notar que cada uma dessas fontes tem suas próprias vantagens e desvantagens, tornando a escolha da fonte bastante pessoal.

Além disso, para leitores disléxicos, algumas fontes padrão como Arial, Comic Sans, Verdana, Tahoma, Trebuchet, Calibri e Open Sans também apresentam características favoráveis à dislexia.

Martin Pyšný, designer, disléxico e palestrante TEDx, tem desenvolvido a Dysfont há cerca de 9 anos. Esta fonte especializada é introduzida com o Modo Dislexia do Promova e aborda os principais desafios enfrentados por disléxicos ao trabalhar com texto. Segundo Martin, oferece várias vantagens, incluindo:

• Construção simples e limpa das letras.
• Espaçamento interno e formas das letras que evitam confusão com letras problemáticas.
• Semelhança entre maiúsculas e minúsculas.
• Minimização das formas de letras refletidas horizontalmente.
• Redução dos efeitos do estresse visual.
• Disponibilidade em vários pesos.

No entanto, Martin observa: "Pode parecer incomum à primeira vista devido às suas formas distintas para letras problemáticas. Pode exigir uma segunda olhada do leitor para apreciá-la plenamente".

Além da Dysfont, Martin sugere outras fontes:

"Para o aprendizado de idiomas através de aplicativos, certas considerações de design podem torná-lo mais acessível para pessoas neurodivergentes. Por exemplo, reduzir o brilho das cores, oferecer diferentes formas de memorizar as palavras e evitar funções de gamificação. O Promova já incorpora esses elementos".

Características de design adaptadas à dislexia

As fontes para dislexia vão além da estética e priorizam a funcionalidade para atender às necessidades específicas das pessoas com dislexia.

Existem algumas diretrizes comuns para garantir uma experiência de leitura ideal:

• Utilize fontes Sans-Serif.
• Opte por um tamanho de fonte entre 12 e 14 pontos.
• Ajuste o espaçamento entre letras em torno de 35% da largura média das letras.
• Mantenha um espaçamento entre palavras pelo menos 3,5 vezes maior que o espaçamento entre letras.
• Um maior espaçamento entre linhas pode melhorar a legibilidade.
• Evite sublinhados e itálico; use negrito para ênfase.
• Prefira letras minúsculas para texto contínuo.

Outras considerações podem incluir:

• Modificação das formas das letras: Designers gráficos modificam as formas das letras para acentuar sua singularidade e reduzir a probabilidade de confusão entre letras semelhantes.
• Fundos mais pesados: Ao adicionar peso às partes inferiores das letras, como "p" e "q", os designers criam uma aparência mais distinta.
• Aberturas mais largas: Letras como "a" e "e" costumam ser ajustadas para ter aberturas mais largas, facilitando sua distinção.
• Sinais de pontuação e maiúsculas em negrito: Sinais de pontuação e maiúsculas são usados estrategicamente para destacar elementos importantes do texto.
• Estilos inclinados ou manuscritos: A introdução de estilos de fonte inclinados ou manuscritos adiciona um caráter distintivo à fonte, ajudando os leitores disléxicos a reconhecer as letras.
• Extensões alongadas: Prolongadores de letras como "b", "d" e "h" são alongados, reduzindo o risco de confusão entre essas letras de imagem espelhada.
• Alargamento das curvas proeminentes: As curvas proeminentes de letras como "m", "n" e "h" são alargadas, facilitando sua identificação.
• Criar unicidade para maior clareza: Formas únicas das letras minimizam as chances de confusão durante a leitura. Este enfoque é eficaz para resolver problemas com letras de imagem espelhada como "b" e "d" ou "p" e "q". Além disso, ajuda a distinguir pares de letras semelhantes, como "l" e o número "1", "f" e "t", e "a" ou "o" ou "c".
• Abordar as combinações de letras: Leitores disléxicos também podem ter dificuldades com combinações específicas de letras, como confundir "rn" com a letra única "m". Ajustar a curva do arco e modificar a largura da "r" reduz a probabilidade de erros no reconhecimento das letras.

Mecanografia vs. escrita manual: Adotar a tecnologia

Para alunos com dislexia, escrever à mão pode ser um desafio significativo. Muitas vezes se torna uma fonte de frustração ao lidar com problemas de precisão ortográfica e lutar para decifrar sua própria escrita. Além disso, para aqueles com disgrafia ou dispraxia, o ato físico de escrever pode ser até doloroso.

Para superar esses obstáculos, os educadores frequentemente recomendam ensinar aos alunos disléxicos a digitar. Este método aproveita a memória muscular dos dedos, ajuda na precisão ortográfica e oferece a vantagem de acessar vários tipos de fontes para correção.

Uma ferramenta valiosa para isso é o programa Touch-type Read and Spell (TTRS). O TTRS adota uma abordagem favorável à dislexia, ensinando a usar o teclado através de um método fonético. O que o distingue é seu método multissensorial, que permite aos alunos não apenas ver as letras e combinações de letras, mas também ouvir os sons que representam enquanto digitam as teclas correspondentes.

O TTRS é um recurso completo que beneficia os alunos disléxicos de várias maneiras. Reforça as habilidades de decodificação, fornece aos alunos uma ampla gama de vocabulário de alta frequência e oferece uma vantagem inestimável na leitura à primeira vista. Além disso, oferece uma seleção de fontes que se adaptam às preferências individuais e melhora a experiência de leitura. Ao adotar a tecnologia e métodos de aprendizado inovadores, ajudamos os alunos disléxicos a prosperar e se destacar em sua trajetória educacional.

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Otimizar a estrutura dos conteúdos

Estruturar eficazmente os conteúdos pode melhorar muito a acessibilidade e a compreensão. Aqui está um guia fácil de seguir para alcançar isso:

Cabeçalhos e organização

• Cabeçalhos e estilos: Utilize cabeçalhos e estilos para criar uma estrutura clara e consistente em seus conteúdos. Essas ferramentas costumam estar na aba "Início" de aplicativos como o Microsoft Word.
• Tamanho da fonte: Ao usar cabeçalhos, certifique-se de que o tamanho da fonte seja pelo menos 20% maior do que o do texto normal. Para destacar ainda mais, considere usar negrito.
• Formatação para acessibilidade: Use ferramentas de formatação para alinhar o texto, justificá-lo, aplicar recuos, criar listas e espaçar linhas e parágrafos, especialmente para ajudar os usuários que utilizam tecnologias assistivas. Encontre essas opções na aba "Design" de programas como o Microsoft Word.
• Espaçamento: Adicione espaço adicional ao redor dos títulos e entre parágrafos para separá-los visualmente e melhorar a legibilidade.
• Hiperlinks diferenciados: Diferencie visualmente os hiperlinks dos títulos e do texto normal para facilitar a identificação pelos usuários.

Considerações sobre a cor

• Plano de fundo: Use fundos de uma única cor e evite padrões de fundo complexos ou imagens que causem distração. Isso minimiza a desordem visual.
• Garanta níveis de contraste suficientes entre o plano de fundo e o texto para facilitar a leitura.
• Opte por um texto de cor escura em um fundo claro (mas não branco puro), pois isso é mais confortável para as pessoas com deficiências de visão de cores (evite verde e vermelho, pois essas cores são difíceis para as pessoas com daltonismo).
• Ao usar quadros brancos ou recursos visuais, considere alternativas ao fundo branco puro, como creme ou cores pastéis suaves, pois o branco pode parecer excessivamente brilhante. Lembre-se de que as preferências individuais podem variar.
• Ao imprimir, escolha papel fosco em vez de brilhante para evitar que o texto apareça do outro lado.

Design bem pensado

• Alinhamento do texto: Alinhe o texto à esquerda em vez de justificar. Isso garante um início e um fim claros para cada linha e mantém um espaçamento uniforme entre as palavras.
• Colunas múltiplas: Evite colunas múltiplas, comuns em jornais, para simplificar a leitura.
• Frases curtas: Elabore frases curtas e diretas, com um comprimento ideal de 60 a 70 caracteres.
• Espaços em branco: Utilize os espaços em branco de forma estratégica para eliminar desordem ao redor do texto e agrupar os conteúdos.
• Títulos e índice: Em documentos extensos, inclua títulos de seção e um índice para facilitar a navegação.

Estilo de redação eficaz

• Voz ativa: Priorize a voz ativa sobre construções passivas para transmitir clareza e sinceridade.
• Concisão: Escreva de forma concisa e evite parágrafos longos e densos que podem sobrecarregar os leitores.
• Simplicidade: Use uma linguagem simples e cotidiana para garantir ampla compreensão.
• Apoio visual: Incorpore imagens, como diagramas de fluxo, para complementar o texto e facilitar a explicação dos processos. Pictogramas e gráficos também ajudam a localizar e compreender informações no texto.
• Marcadores e numeração: Em vez de prosa extensa, considere o uso de marcadores e numeração para apresentar informações de maneira mais digerível.
• Instruções claras: Forneça instruções de forma clara e direta, evitando duplas negações que podem confundir os leitores.
• Abreviações e jargões: Minimize o uso de abreviações e, quando necessário, forneça suas formas completas quando forem apresentadas pela primeira vez. Considere incluir um glossário para esclarecer qualquer jargão especializado.

A aplicação dessas práticas permitirá criar conteúdos não apenas bem estruturados, mas também acessíveis e facilmente compreensíveis para uma ampla gama de leitores.

Como o Promova ajuda os alunos disléxicos no aprendizado de idiomas

No Promova, estamos dedicados a tornar o aprendizado de idiomas acessível e agradável para todos, incluindo aqueles com dislexia. Entendemos que cada aluno é único, e nossa plataforma está projetada para atender às diversas necessidades.

Veja como o Promova pode ajudar alunos e pessoas disléxicas em seu aprendizado de idiomas:

• Fontes e esquemas de cores especializados: 

O Promova oferece a fonte Dysfront para disléxicos e esquemas de cores otimizados que promovem a legibilidade e reduzem a confusão visual. Esses recursos foram projetados especificamente para melhorar a experiência de aprendizado dos alunos disléxicos.

• Abordagem multissensorial: 

Aproveitando o potencial de múltiplos sentidos, essa abordagem pode beneficiar enormemente os alunos do Promova. Comunicação clara, reforço positivo e técnicas de avaliação adaptáveis enriquecem sua trajetória educacional.

• Assistência personalizada: 

Reconhecemos que alunos disléxicos podem se beneficiar de apoio personalizado. Nossa equipe de tutores especializados está disponível para ajudar e orientar pessoas disléxicas ao longo de sua jornada de aprendizado de idiomas. Seja para esclarecer conceitos, oferecer estratégias para a aquisição de linguagem ou enfrentar desafios específicos, estamos aqui para ajudar.

• Ambiente de aprendizado inclusivo: 

O Promova promove um ambiente de aprendizado inclusivo onde todos, independentemente de suas diferenças de aprendizado, podem prosperar. Celebramos as forças e talentos únicos dos alunos disléxicos e fornecemos as ferramentas e o apoio necessários para desbloquear seu potencial linguístico.

• Rotas de aprendizado personalizadas: 

Nossa plataforma permite que os alunos avancem no seu próprio ritmo. Os alunos disléxicos podem dedicar o tempo necessário para assimilar os conceitos linguísticos sem se sentirem apressados, garantindo uma experiência de aprendizado confortável e eficaz.

No Promova, acreditamos que o aprendizado de idiomas deve ser uma jornada enriquecedora para todos. Estamos comprometidos em remover barreiras e fornecer aos alunos disléxicos os recursos e o apoio necessários para dominar com sucesso novos idiomas.

Conclusão

A dislexia traz necessidades de aprendizado únicas, mas também cultiva forças notáveis, como pensamento criativo, persistência e criatividade. Se oferecermos o apoio adequado, incluindo fontes especializadas otimizadas para legibilidade, permitiremos que pessoas disléxicas desenvolvam esses talentos e prosperem academicamente. Como professores, pais, neuropsicólogos, designers e desenvolvedores comprometidos, continuemos ampliando a conscientização, a acessibilidade e a celebração da neurodiversidade.